Olá, prezado leitor.
Existem na atualidade, diversas formas de interpretação escatológica. Cada denominação cristã adota aquela que historicamente vem sendo ensinada por seus fundadores.
Existem na atualidade, diversas formas de interpretação escatológica. Cada denominação cristã adota aquela que historicamente vem sendo ensinada por seus fundadores.
As
pessoas em individual, também possuem o direito ao livre-arbítrio de
escolher aquelas que, porventura, não forem as que são publicamente
promulgadas e anunciadas por suas denominações de origem como sendo as
mais "corretas segundo a Bíblia". Tal escolha diversa de sua
denominação, deve-se levar em conta um estudo mais aprofundado dos
oferecimentos, mas também uma análise imparcial dos "prós e dos contras"
que cada linha escatológica é submetida, a fim de não fazer uma escolha
errada e se arrepender depois.
Nesse
caso me incluo. fui criado, doutrinado e atualmente continuo
pertencendo à denominação das Assembleias de Deus do Brasil, ligadas à
Convenção Geral (CGADB).
Recentemente
enquanto começo a escrever esta série de artigos, durante o 1º
trimestre de 2016, a Convenção geral, através da editora de sua
propriedade, a CPAD, está promovendo em todo o país o estudo de
escatologia seguindo, obviamente, a linha previamente adotada e
amplamente ensinada historicamente pela denominação, seguindo a linha
teológica simples que aportou em nosso país há mais de um século com os
missionários suecos fundadores desse movimento, Daniel Berg e Gunnar
Vingren e multiplicada pelos demais missionários posteriores e uma
multiplicidade de pastores em toda a nação.
Um
dos pontos principais nessa série de lições, escritas pelo muito bem
preparado pastor Elinaldo Renovato, é sobre a questão principal do foco
sendo posto no ARREBATAMENTO, ou seja, a "esperança da igreja" deve ser a
subida da igreja aos ares para se encontrar com Jesus e isso tudo
ocorrer antes do aparecimento do anticristo.
Após
iniciar estudos imparciais sobre o assunto e pesquisar exatamente os
prós e os contras existentes em cada linha teológica escatológica, é que
me fez não mais irmanar com minha própria denominação neste detalhe.
Este é o propósito desta série de postagens: informar o porquê de minha
crença e mostrar - contrariando o infeliz preconceito legalista que
empesteia muitas pessoas na igreja da atualidade - que existem MAIS
PONTOS EM COMUM, IRMANADOS, do que pontos de divergência.
Não
me aprofundarei em detalhes teológicos para não cansar e desinteressar o
leitor, mas exporei aqui tudo o que achar necessário para que você tire
suas próprias conclusões. Caso haja algum resquício de preconceito,
deixe-o de lado por ora, leia primeiro antes de julgar o teor e, em
seguida, faça sua própria análise. Não a análise pronta de sua
denominação ou de seu líder, ou ainda daquele teólogo preferido que você
gosta de ler, mas que é preso a uma análise compromissada com o ponto
de vista particular dele. Respeite a análise pronta deles mas digne-se a
construir a sua própria, tomando como base estes escritos.
Um
livro que muito me ajudou na construção deste pensamento é o que indico
a seguir. Não é um livro devocional; é teológico. E nem de fácil
leitura: você tem de prestar atenção quando lê, para seguir a linha de
pensamento do autor. Mas é um livro que respeita a IMPARCIALIDADE até o
final. Só na conclusão do mesmo, vamos conhecer a opinião pessoal do
autor: O livro chama-se ESCATOLOGIA, A POLÊMICA EM TORNO DO MILÊNIO. O
autor é Millard Erickson e a editora é a Vida Nova, referência em
publicações acadêmicas e teológicas.
Tomo
coragem e escrevo meu pensamento aqui, haja vista muitos pastores
pentecostais pertencentes à mesma denominação que a minha evitarem
enunciar sua posição por diversos motivos, à saber:
a)
Como na atualidade ensinar que a igreja será arrebatada ANTES da GT é
posto em pé de igualdade com o ensino correto da Bíblia (ortodoxia),
alguns pastores que creem de forma pós-tribulacionista escondem a sua
posição, dando a impressão de não possuírem convicção ou mesmo se
entendem o que acreditam.
b)
Outros o escondem por MEDO de entrar em conflito com a posição oficial
de sua denominação, o ministério de seu campo ou sua convenção e assim,
acabar caindo em descrédito com seu rebanho.
c)
Por ser enunciado como o contrário do pré-tribulacionismo, o
pós-tribulacionismo é ligado à visão de que a igreja NÃO será arrebatada
antes da GT. Isso faz com que sua doutrina principal seja DESAGRADÁVEL
ao paladar dos ouvintes, da membresia e dos "principais dos sacerdotes"
da atualidade: muitos dos pastores-presidentes (uma minoria escapa) e
pastores com posição política e renome importante no seio da
denominação.
Como
é um ensino desagradável e "politicamente incorreto" na atualidade, o
que os crentes terão de passar por severa tribulação imposta pelo
anticristo, aqueles ministros, obreiros ou professores da Bíblia que
assim creem e ousam não guardar o que creem pra si e começam a ENSINAR,
são discriminados em muitos ministérios sob orientação governamental
autocrata (o pastor-presidente centraliza todas as decisões para si,
inclusive a uniformização do ensino teológico em detrimento do debate e
análise exegética de ideias), e em alguns casos extremos, excluídos "da
comunhão" pelo fato de ensinarem "heresias", no entendimento deles.
Se
você, prezado leitor, infelizmente possui um pensamento separatista em
relação a isso e já decidiu parar de ler por PREJULGAR eu estar errado,
leia somente mais esse parágrafo, antes de tomar sua decisão final de ir
embora, ou continuar lendo para poder construir uma verdadeira opinião
formada:
Não
devemos nos esquecer do verdadeiro propósito e significado da doutrina
da Vinda do Senhor, porque diferenças de interpretação e convicção têm
se tornado o pivô da separação e divisão da comunhão entre os membros do
Corpo de Cristo.
Paulo,
em I Ts 4. 13-18 não tinha a intenção de que a doutrina da Segunda
Vinda tivesse esse efeito. Ele indicou que a vinda do Senhor é a BASE DA
ESPERANÇA para os crentes, que deviam consolar-se uns aos outros com
essa esperança. o CONSOLO e não a contenda, é o propósito da mensagem de
Paulo.
São
crentes verdadeiros, TODOS aqueles que aceitam as verdades básicas a
respeito da volta do Senhor. Não podemos perder de vista a grande
verdade básica na qual TODOS CONCORDAMOS: JESUS ESTÁ PARA VOLTAR.
Devemos colocar essa verdade no centro.
Nos essenciais, unidade. Nos assuntos de dúvida, liberdade. Em todas as coisas, caridade.
Continua nas próximas postagens.